O número de empresas em situação de insolvência continua a crescer em Portugal. As insolvências, de acordo com os dados da Allianz Trade, aumentaram 7,7%, num total de 1.567 empresas insolventes, até agosto de 2024. No que se refere ao mês de agosto, verificou-se uma diminuição de 0,5%, em comparação com o período homologo de 2023, com 181 empresas em situação de insolvência.
Os dados da líder mundial em Seguro de Crédito apontam os distritos de Porto e de Lisboa como aqueles que, no acumulado do ano, registam maior número de insolvências. No distrito do Porto, 409 empresas entraram em insolvência em agosto, o que representa um aumento de 26,10% em comparação com o período homologo de 2023. Relativamente ao distrito de Lisboa, verificaram-se 280 insolvências em agosto de 2024, um aumento de 17,87% quando comparado com o mês de agosto de 2023. Segue-se o distrito de Braga, que contabilizou 226 insolvências em agosto, um aumento de 14,42%, em comparação com os dados registado em 2023.
Tendo em conta a dimensão das empresas, os dados da Allianz Trade em Portugal indicam que são as micro e pequenas empresas, com um volume de negócios inferior a 500 mil euros, que registam maior número de insolvências até agosto. Por outro lado, é também possível perceber, que foram as empresas com mais de 10 anos que registaram maior volume em termos de insolvências nestes primeiros oito meses de 2024.
Os setores dos serviços, construção e retalho continuaram a ser os que registaram os valores mais elevados em termos de insolvências até ao final de agosto. Com 355, 271 e 270 insolvências, respetivamente.
Nadine Accaoui, Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva da Allianz Trade em Portugal, considera que “estes dados refletem os desafios contínuos enfrentados pelas empresas em Portugal. Apesar de uma ligeira diminuição de 0,5% nas insolvências em agosto de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior, particularmente nos distritos de Lisboa e Porto. Este aumento no número de insolvências sublinha a necessidade de uma atenção redobrada para as micro e pequenas empresas, que são as mais impactadas, e uma análise detalhada dos serviços de setores, construção e retalho”.